quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Por Davi Calisto Verso Nas caatingas do sertão

 


Mote: Iranildo Marques

Escreveu : Davi Calisto 


Chapéu quebrado na testa

Rifle cruzeta no braço

Lampião rei do cangaço

Gostava de fazer festa

Da sua história hoje resta

Só discórdia e divisão

Uns que lhe ver como vilão

Outros como um consagrado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

Matava sem piedade

Dizendo ser por vingança

Quase o seu desejo alcança

Lutando por liberdade

Se tornou autoridade

Com o posto de capitão

Padre Cícero o seu patrão

Foi por ele venerado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

Foi de Maria bonita

Amante e confidente

Com ela ele foi prudente

Mesmo de forma esquisita

No seu amor acredita

Pela força da paixão

Só fez a separação

Quando foi executado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

Ele foi estrategista

Brigou pra se defender

Nunca teve o que temer

Qundo buscava conquista

Tinha o seu ponto de vista

Lutava por proteção

Com uma arma na mão

Sempre ele foi respeitado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

Sua morada era a serra

Onde ele se escondia

Usou sua pontaria

Para promover a guerra

Deixou em cima da terra

O sangue molhando o chão

Não adotava o perdão

Pra policial fardado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

O seu punhal de metal

Causou muitos ferimentos

Fui um dos seus ornamentos

Cartucheira e bornal

Seu pecado capital

Foi matar sem compaixão

Ser o dona da razão

Mesmo ele estando errado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

Esse mito do Nordeste

Filho de Serra talhada

Matava de emboscada

Por ser um cabra da peste

Hoje em dia há quem conteste

A sua consagração

Seu nome de Lampião

Hoje está eternizado

Lampião fez seu reinado

Nas caatingas do sertão

 

Mote: Iranildo Marques

Escreveu : Davi Calisto

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